09 fevereiro 2011

Actualidades - Deolinda "Movimento Perpétuo Associativo"

Creio que esta música está muito bem conseguida e retrata o povo português em 99%.
Vamos por partes:

Hoje de manhã, quando cheguei à empresa. O meu chefe pediu-me para ir à rua 25 de Abril, nº 6 para falar com a administração. O condominio deixou de pagar a manutenção dos elevadores. Temos pena, mais um processo para entupir os tribunais.
Até aqui tudo bem, o GPS leva-me a todo o lado. Quando vou a sair, oiço o Luís. Um dos técnicos: - Francisco! Liga ao Filipe que aquela zona é má...
Eu pego no telemóvel e ligo ao Filipe, este explica-me como eu devo lá chegar, e que devo esperar por ele, na rua visconde de qualquer coisa, onde está um café com uma esplanada vermelha e que vende BONDI. Fica ao lado de uma farmácia.
Ao chegar, eu reparo que já lá está o Filipe com outro técnico, o senhor joão que aparenta ter uns quarenta e muitos anos.
Paro o carro, saio do carro e sou aconselhado a tirar o casaco do fato, a gravata, o relógio, a carteira, o telemóvel(este também deve ficar no carro, ou então em silêncio), o cachecol. Deixo tudo no porta-bagagens do meu carro, visto um casaco de um técnico. Entramos os 3 no carro do Filipe, e lá vamos os três à aventura...

São 10h30m da manhã e dirigimo-nos a um dos bairros mais problemáticos de Lisboa. Como o bairro é camarário, logo quem paga a manutenção dos elevadores é CML. Na rua de baixo, é onde fica a rua 25 de Abril, é uma fila de 5 prédios onde os inquilos pagam uma renda de 20 euros/mensais à CML, mas que constituiram condominio. São famalias mais "ricas" porque na sua grande maioria trabalham para a CML a ganhar o ordenado minimo. Logo como são mais ricos que os outros, estes tem que pagar uma renda superir pela casa. Os mais pobres vivem nas casas da CML pagam 5 euros por mês e muitos deles tem rendas em atraso de anos...
A maioria dos habitantes são ciganos, pretos, gente sem abrigo, etc etc. Depois das 11h, já ninguém "entra" naquele bairro. Porque os "malandros" acordam um pouco antes do meio-dia.
De repente apareceram umas 30 crianças ciganas a pedirem o tostão. É ignorar e bater nas mãos dos putos, quando estes colocam as mãos nos nossos bolsos. É andar o mais depressa possivel e sem mostrar medo.
Por fim, chegamos ao prédio e ficamos a saber que alguém roubou os elevadores faz algum tempo. Levaram a máquina do elevador para venderem o ferro, os cabos de suspenção dos elevadores(aço puro), todos os fios do quadro de comando por causa do cobre. Na casa das máquinas dos elevadores está um POMBAL, tanto pombo junto.

O fundo do poço serve de chiqueiro para um porco do vizinho do R/C dto.
Eu não queria acreditar no que estava a ver, e fiquei a saber que os "ciganos" não pagam electricidade. Eles fazem puxadas de electicidade, e são as crianças que sobem aos postes, porque são mais leves. Quando alguma morre agarrada, porque apanhou um choque. A reposta é: - Aquele malvado, foi buscar o papagaio de papel que lá ficou

Andamos todos nós a pagar impostos para aqueles parasitas terem uma casa, electricidade e ainda por cima todos recebem mais de rendimento minimo que muitos de nós a trabalhar.

Quem me está a ler, tem conhecimento que os ciganos não são oficialmente casados? Logo cada cigana recebe do estado um subsidio por cada filho, como mãe solteira...
Creio que a República das Bananas é mais desenvolvida que Portugal
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De volta à empresa, eu vou almoçar com o meu chefe, colegas comerciais, alguns encarregados, alguns técnicos e duas das gordas das administrativas. Até aqui tudo bem, um almoço de convivio dos colegas. Pior, é quando vejo que toda aquela gente está na hora do almoço e ingerem vinho até não poderem mais. À tarde, aquela gente trabalha toda...
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Da parte da tarde, mais concretamente às 16 tinha uma reunião com o meu chefe numa administração de condominios. O meu chefe estava reunido com o Tiago, só vejo a minha colega mais gorda a entrar pela porta do escritório do meu chefe a gritar:
-Óh chefe, tem uma reunião com o Francisco às 16h. A Mulher é uma complicada do caneco, é melhor irem já. O Tiago passa por mim, pisca-me o olho e diz:

Tiago: - Boa sorte Francisco. Sandra, quando puder vá ter comigo ao meu escritório.

A reunião correu super bem, não vi nada de especial. Quando regressámos, a menina da recepção informou-nos que deveriamos ir à sala do Tiago. Quando lá chegámos, notei que a Sandra, deveria estar a levar nas "orelhas". O Tiago soube da nossa presença, veio até à porta e perguntou:

Tiago: - Que tal a reunião?

Chefe: - Muito bem, a senhora Fernanda até se despediu de nós com dois beijinhos na cara.

É verdade, já ganhei um inimigo. A D. Fernanda, em tempos mandou o meu chefe ir "panhar" onde "apanham as galinhas". Como a D. Fernanda tem uma empresa de condominios que gere cerca de 40% do parque dos elevadores da empresa. A empresa anda com a senhora ao "colo"

Já dizia a minha avó: - "Mais vale cair em graça, do que ser engraçado."
Creio que cai nas graças da senhora...
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No final do dia, ainda fui ao Call Center, hoje só apanhei gente mal disposta. Enfim, já acabou o dia... Amanhã há mais

4 comentários:

Blog Liker disse...

Portugal: um retrato social!

Não imaginava que um elevador pudesse ter tantas utilizações, nem que pudesse chegar a esse grau de vandalismo... Abraço.

João Roque disse...

As histórias que tu contas...
Este blog é uma caixinha de surpresas, e ainda bem.

Francisco disse...

Olá Blog Liker e Pinguim,

C´est la vie...

Abraço x 2

um coelho disse...

Este post deixa qualquer honrado contribuinte com uma azia... onde é que eu deixei as rennie? Pelo menos já sei o que hei-de fazer se alguma vez for para o desemprego. Vou desmontar elevadores. Ao preço que as matérias-primas estão, ainda rende uns trocados.